BIOMAP : Integração de dados especializados em multi-escala para cartografia dos tipos de floresta e biomassa no Amapá e na Guiana
Os territórios da Guiana Francesa e do estado do Amapá apresentam grandes extensões contínuas de floresta e savanas, que abrigam grande biodiversidade, diversos habitats e significativos estoques de carbono. Áreas susceptíveis ao impacto de atividades agrícolas ou industriais no Amapá, como pela exploração de recursos florestais e de ouro. BIOMAP visa definir uma metodologia aplicável ao conjunto Amapá-Guiana, para estabelecer tipologias de vegetações, como base para preservação e gestão sustentável de recursos florestais, incluindo estoques de carbono.
O desafio consiste em aproveitar os dados de multi-escalas, relativos ao sensoriamento remoto, para extrapolar os inventários de campo por meio de 4 etapas ligadas a escalas apresentadas:
• definição e mapeamento de unidades geomorfológicas (‘‘paisagens’’);
• estudo, nessas unidades, das mudanças na copa das florestas por imagens feitas por satélite óptico de altíssima resolução espacial;
• parcelas de amostras com medições de campo reforçadas adquiridas por altímetros elevados lidar (drones);
• finalização e aplicação de equações alométricas adequadas das florestas do Amapá.
Estas medidas permitirão a avaliação de erros cometidos fora do campo, visando unidades cartográficas. A cartografia dos tipos de floresta em relação às paisagens servirá de base essencial para o zoneamento das áreas, identificação de prioridades de preservação e uso sustentável das florestas.
O projeto BIOMAP pretende fortalecer ações transfronteiriças e registra-las com o passar do tempo, por meio de formação e divulgação de informações novas e consistentes para os gestores de áreas ou florestas protegidas. O Amapá e a Guiana Francesa criaram cursos de mestrado em ambiente florestal. Isso torna relevante os intercâmbios educacionais em estreita ligação com as novas técnicas testadas nas pesquisas. BIOMAP enfatiza ainda sobre o fortalecimento das competências, por meio de intercâmbio de estudantes, formação de quadro de doutorandos (previsão de 3 a 4) e de escolas temáticas. Esses últimos permitirão encontros entre equipes acadêmicas e operacionais, tendo os dois países como base. A produção de mapas e de dados consistentes em ambos os lados da fronteira devem aumentar colaborações no futuro.
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