DIPOLOPP : Dinâmicas regionais, comunidades locais e políticas públicas nas fronteiras: práticas e percepções do território e da biodiversidade na Amapá e Guiana Francesa
O projeto DIPOLOPP reúne pesquisadores de várias áreas: geografia, antropologia, economia, agronomia, linguística, direito, ecologia, sociologia, e se propõe a analisar como as políticas públicas se adaptam às situações e aspirações regionais e de que maneira as populações locais vinculam, caso vinculem, os seus pedidos e projetos com medidas governamentais relacionadas à conservação da biodiversidade e à gestão dos territórios em diferentes escalas de análise.
O projeto trata dos efeitos das políticas públicas na proteção da biodiversidade, da gestão territorial e do desenvolvimento sustentável na região de fronteira e do papel das populações locais em seu desenvolvimento ou implementação.
Nos dois lados da fronteira, as medidas governamentais são adotadas de forma diferenciada, de acordo com a divisão territorial. São estudadas por meio de:
• interpretações feitas por diferentes agentes locais;
• projetos e atividades relacionados a essas medidas;
• efeitos atuais ou potenciais nas práticas e nos discursos dos habitantes.
A partir de diferentes escalas de análise, nossas pesquisas enfatizam certos elementos da biodiversidade regional que se tornaram principais alvos de políticas ambientais e de gestão territorial (açaí, caça, carbono, produtos agrícolas...). Na verdade, eles estão sujeitos a medidas de restrição, proibição, proteção ou valorização dentro dos ecossistemas nativos, como em mercados em expansão.
As pesquisam permitem abordar de forma interdisciplinar as formas de uso e de tornar a biodiversidade um patrimônio, dos fluxos regionais de circulação de produtos e pessoas, e também de diferentes modos de representação e mercantilização da natureza. Em zonas transfronteiriças, também são objetos de conflito e intercâmbios entre as populações.
O componente de pesquisa deste projeto inclui uma reflexão metodológica especialmente a partir de experiências chamadas participativas, como o mapeamento (territorialidade, planos de gestão...), a documentação (filmagem, fotografia, transmissão e partilha de conhecimentos...), mas também sobre’’pacotes’’ teóricos ou guias de ‘’boas’’ praticas muitas vezes oferecidos às populações locais.
A abordagem comparativa é necessária tendo em vista a diversidade de situações reconhecidas na região, com a justaposição dos territórios com estatutos altamente divergentes (territórios indígenas - TI, Floresta do Estado do Amapá - Flota, Parque(s) Naturais, parcelas de colonização), e coabitação de populações historicamente e/ ou juridicamente diferenciadas. As análises dos estudos de campo, bem como as reflexões teóricas e metodológicas propostas neste projeto vêm alimentar e fortalecer uma série de cursos e formações destinados aos estudantes e especialistas locais do Amapá e da Guiana Francesa.
• Coordenadores:Pascale de Robert, IRD (UMR PALOC) e Emmanuel Raimundo Costa Santos, UNIFAP
• Outras instituições envolvidas: Embrapa, MPEG, Université de Guyane, Cirad, OHM, MNHN, Univ. Lyon
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